

Ando meio sedenta destes espaços de leveza que ganhamos de presente, uma fração de segundo neste todo que vira a nossa vida. Tenho a impressão que quanto mais velhos estamos, porque a idade para mim não é definida pela data de nascimento e sim pelo que você fez de lá pra cá, mais é difícil encontrar esta fração de segundo. Sinto como se com a sensibilidade tivesse ido caminhar e não voltasse mais... Sinto falta dos adesivos que tinham nos postes perto da Augusta e de como São Paulo ficava linda na chuva, sinto falta dos grafites que espantavam o cinza persistente que alguém decidiu que ser a cor da minha cidade...
Sinto a ausência da prosa urbana que São Paulo tem, da beleza noturna que as ruas tinham. Aquele eterno ar de grandeza e ao mesmo tempo de beleza que os arranha-céus me causavam. Da afinidade que tinhamos com o garçom do botequim que chamavamos pelo nome...rs! Sinto falta do Belas-Artes com seus velhinhos pacientes de terça à tarde, dos bons filmes, do Sebo do Messias.
Mais São Paulo... mais...
2 comentários:
Parabéns, Ver! Vc é meu orgulho! Q texto maravilhoso! Parabéns!!!
Que bom que gostou Kinhos!! =)
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